domingo, 3 de maio de 2015

Brasil levanta a torcida com quatro medalhas na Copa do Mundo de Ginástica Artística
Competição tem sequência neste domingo (3), em São Paulo (SP), e brasileiros disputam mais cinco finais
Fotos: Ricardo Bufolin



São Paulo (SP) - O público presente no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP), se vestiu de verde e amarelo, neste sábado (2), para acompanhar os brasileiros no primeiro dia das finais da Copa do Mundo de Ginástica Artística. Quem tirou a tarde para ver nomes consagrados como o de Diego Hypolito e de vários destaques internacionais, acabou conferindo também uma nova geração já vitoriosa e extremamente promissora. O Brasil garantiu quatro medalhas. Ouro e bronze no salto com o jovem Ângelo Assumpção e com Diego Hypolito, respectivamente, bronze com Francisco Barretto Júnior nas paralelas e prata com Rebeca Andrade no salto.

Para amanhã, estão marcadas mais cinco finais e os brasileiros estarão em todas elas. Arthur Zanetti e Henrique Flores vão em busca medalhas nas argolas, Diego e Ângelo voltam à cena no solo masculino e Flávia Saraiva e Lorrane Oliveira no solo feminino. Petrix Barbosa compete no cavalo com alças e Flávia também na trave. A programação tem início às 10h10 e será transmitida pelos canais SporTV e no Esporte Espetacular, da Globo.

Diego abriu a competição com uma bela performance no salto e foi ovacionado pelo público. O resultado da apresentação com alto grau de dificuldade foi a medalha de bronze, com 14,837. "Eu estava com um pouco de dor na coluna, mas nada que pudesse influenciar o resultado. Essa é minha 58ª medalha em etapas de Copa do Mundo. Fiquei muito feliz. O resultado é do Brasil, não é só meu. Fico também muito contente pelo nosso caçulinha da Seleção, o Ângelo, ter conseguido essa primeira medalha em uma Copa", disse Diego.

O último a se apresentar no aparelho foi o jovem Ângelo. O objetivo era ficar entre os três, mas o talentoso atleta se superou. Obteve a maior nota e garantiu o ouro, a primeira medalha da carreira do atleta em Copas do Mundo. "Eu estava um pouquinho nervoso. Faz tempo que eu não faço esse salto que fiz hoje. Mas consegui acertar e trazer essa medalha para nós. Foi uma emoção muito grande. Quando eu terminei eu não tinha visto que havia ganhado. Percebi pela vibração da torcida. Foi muito emocionante", confessou o atleta de 18 anos. O alemão Mathias Fahrig foi o segundo colocado, com 14,850.

No salto feminino, mais duas representantes brasileiras. Depois de muita expectativa da plateia, Letícia Costa fez uma ótima apresentação e ficou com a quarta posição, com 14,150. Rebeca Andrade cravou a apresentação e ficou com a medalha de prata, com 14,700. As duas representantes da nova geração participaram de uma competição internacional no Brasil pela primeira vez. Com isso, a conquista é motivo de ainda mais emoção.

"Quero que todo mundo veja que o Brasil está conseguindo bons resultados", apontou Rebeca. Para ela, o apoio da torcida foi algo imensurável. "Brasil é Brasil. A torcida foi muito boa. Dá mais vontade de fazer as coisas. Ouvir seu nome vindo de tantas pessoas, passa uma sensação muito legal. Dá gás, dá força", completou. O ouro no salto foi para a chinesa Yalan Deng, com 14,962, e o bronze ficou com a chilena Franchesca Santi, com 14,162.

Francisco Barretto Júnior disputou uma das provas mais concorridas do dia. Os adversários fizeram excelentes apresentações, por isso, a tensão era grande momentos antes do brasileiro subir no aparelho. Extremamente concentrado, 'Chico' fez tudo o que havia planejado e conquistou o bronze, com 15,300. O alemão Lukas Dauser havia feito uma prova impecável, obteve nota 15,750, e vibrou muito no final. O chinês Xiaodong Zhu, com 15,525, foi prata.

Medalhista de bronze nas paralelas, Francisco era só alegria depois de subir ao pódio em uma final tão forte. A sensação de competir em um ginásio cheio, com um público que fez barulho foi indescritível. "A alegria foi absurda. A torcida estava maravilhosa. A hora que o ginásio começou a gritar ‘Brasil, Brasil’ foi fantástico. É importante que a gente vá aprendendo a lidar com tudo isso", comemorou.

O ginasta ficou satisfeito com a prova e com a pontuação que conquistou, em um aparelho que contou com finalistas mundiais e olímpicos, Francisco comentou que o resultado é fruto de muito trabalho e dedicação. "Essa é a recompensa por toda a disciplina que temos. A gente vem trabalhando duro em busca da vaga olímpica, então, vejo que o suor está valendo à pena. Ainda posso melhorar, mas acredito no caminho que está sendo traçado. Cheguei a uma pontuação na paralela que eu nunca tinha conseguido. Agora é manter esse resultado para as futuras competições. O foco está lá na frente", encerrou o paulista de 25 anos.

Nas assimétricas, as brasileiras Rebeca Andrade e Flávia Saraiva sofreram quedas e não ficaram entre as medalhistas. Rebeca foi a sétima (13,300) e Flávia a oitava (12,525). A campeã foi a chinesa Chunsong Shang, com 15,025, seguida pelas alemãs Sophie Scheder (15,025) e Elisabeth Seitz (14,700).

A barra fixa foi o único aparelho que não teve nenhum competidor brasileiro nas finais. O chinês Ruoteng Xiao garantiu a maior nota (15,125) e ficou com o ouro. Na segunda colocação ficou o argentino Nicolas Córdoba (15,050), e a terceira com o dominicano Audrys Nin Reyes (14,975).

Delegação brasileira

Ginástica Artística Masculina

Ginastas: Ângelo Assumpção, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior, Henrique Flores e Petrix Barbosa
Ginastas hors concours: Caio Souza e Lucas Bitencourt
Técnicos: Cristiano Albino, Fernando Lopes, Marcos Goto e Renato Araújo
Médica: Ana Carolina Corte
Fisioterapeutas: Maria Eugênia Ortiz e Raphael Velozo da Silva
Árbitros: Hilton Dichelli Júnior e Luís Mitio Okuda
Chefe de delegação: Leonardo Finco

Ginástica Artística Feminina

Ginastas: Flávia Saraiva, Letícia Costa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade
Ginasta hour concour: Julie Kim Sinmon
Técnicos: Alexander Alexandrov, Alexandre Carvalho, Keli Kitaura e Oleg Ostapenko
Árbitras: Adriana Alves e Denise Lima


fonte: Photoegrafia

Um comentário:

  1. Andrea qual o nome mesmo daquele mortal que a ginasta Sophie Scheder usou na saída da final da trave? Achei lindo.

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