terça-feira, 16 de agosto de 2016


Ginástica artística: Arthur Zanetti garante a prata nas argolas nos Jogos Olímpicos
Flávia Saraiva ficou com a quinta colocação na trave; Francisco Barretto Júnior encerra as decisões nesta terça-feira (16)
Fotos Ricardo Bufolin


Rio de Janeiro (RJ) - Mais uma vez, a ginástica artística contou com um representante no pódio dos Jogos Olímpicos. Após a prata e o bronze de Diego Hypolito e Arthur Nory Mariano, respectivamente, no solo, nesta segunda-feira (15) foi a vez de Arthur Zanetti conquistar a segunda medalha olímpica da carreira, em dois ciclos consecutivos. Já o xodó da torcida, Flávia Saraiva, de apenas 16 anos, sagrou-se a quinta melhor atleta do mundo na trave. Esses são mais dois resultados importantes para a modalidade.

Atual campeão mundial, Eleftherios Petrounias foi o segundo a se apresentar nas argolas. O grego fez uma série perfeita, cravada, que rendeu 16,000 pontos (6,800 de dificuldade e 9,200 de execução). Todos os ginastas que vieram depois não conseguiam superá-lo. Aí chegou a vez de Zanetti, último atleta a fazer a série. Melhor do que a da classificatória, a rotina do brasileiro teve a mesma nota de partida do grego (6,800), porém um pouco mais baixa no quesito execução (8,966), totalizando 15,766. O russo Denis Abliazin completou o pódio, com 15,700.





Para Zanetti, essa prata tem gostinho de ouro. "Fiz bem a minha prova, saí satisfeito. Achei o resultado justo. Ginástica é feita de detalhes que fazem a diferença. Ele teve menos erros, mas, com certeza, a prata aqui dentro é uma alegria ainda maior do que o ouro lá fora. Foi maravilhoso e até mais difícil por defender o título no Brasil. Por isso, esse resultado tem um gostinho a mais. Competir com a torcida a favor me deu uma energia maior. Antes só tínhamos uma medalha, agora já temos mais três. Isso mostra que a ginástica artística brasileira vem crescendo muito", ressaltou Zanetti.


Técnico de Zanetti, Marcos Goto fez uma avaliação positiva do desempenho do ginasta e do momento da modalidade. "O Arthur entrou para fazer o melhor. A nota de partida dele e do Petrounias foi a mesma, mas tivemos algumas falhas e isso acabou descontando mais. As pontuações foram corretas. O grego está em fase muito boa e veio aqui para disputar esse ouro. Ginástica é momento e o Petrounias teve uma execução melhor e mereceu a vitória. Estou satisfeito. O trabalho com a ginástica vem sendo feito há muitos anos e o resultado vem a longo prazo. Já conquistamos três medalhas até agora e fomos sexto por equipe, com todos os ginastas em finais. Para nós, isso é um crescimento extraordinário", lembrou.

Assim como Zanetti, Flávia foi a última a se apresentar na trave. Com apenas 16 anos, a ginasta mais nova da delegação brasileira é estreante em Jogos Olímpicos. Com 14,533 (6,300 de dificuldade e 8,233 de execução), ficou na quinta colocação e foi ovacionada pela torcida. A campeã foi a holandesa Sanne Wevers (15,466), seguida pelas norte-americanas Lauren Hernandez (15,333) e Simone Biles (14,733).




"Já na minha primeira Olimpíada, ser a quinta melhor do mundo é uma emoção grande. Fiz o meu melhor e isso é o mais importante para mim. Sou nova e ainda tenho muita coisa pela frente. Vou treinar ainda mais para estar na próxima e, quem sabe, pegar essa mesma final, o que é sempre bom para o Brasil. Cada momento que vivi aqui foi especial. Agradeço a toda torcida, que me apoiou e me ajudou a ser a quinta melhor do mundo na trave", contou Flavinha, emocionada. 






Nesta terça-feira (16), será o último dia de ginástica artística nos Jogos Olímpicos, com participação de Francisco Barretto Júnior, finalista da barra fixa. As provas no aparelho serão das 15h30 às 16h15.

Programação

Terça-feira (16)
14h às 14h45: final paralelas GAM
14h45 às 15h30: final solo GAF
15h30 às 16h15: final barra fixa GAM (Francisco Barretto Júnior)

Fonte: Photoegrafia

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