quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Ginástica artística brasileira comemora melhor resultado do individual geral em Jogos Olímpicos
Fotos Ricardo Bufolin


Sérgio Sasaki conquistou a nona colocação inédita; estreante Arthur Nory Mariano ficou em 17º




Rio de Janeiro (RJ) - Superação é a palavra que melhor define o momento de Sérgio Sasaki, da Seleção de Ginástica Artística Masculina. O atleta, um dos mais completos que o Brasil já teve, passou por duas cirurgias que o deixaram de fora das competições por mais de um ano. Determinado a fazer parte da equipe olímpica, ele treinou com o objetivo de voltar melhor do que antes. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ele comprovou que conseguiu. Primeiro, ajudou o time a conquistar a sexta colocação por equipe na competição, resultado inédito para o País. Já nesta quarta-feira (10), ficou com o nono lugar no individual geral, novamente um feito histórico, já que esta é a melhor colocação olímpica da categoria. Companheiro de Sasaki na Seleção, Arthur Nory Mariano também brilhou. Foi o 17º colocado, na estreia dele na competição.



 A Arena Olímpica do Rio, novamente, ficou lotada com uma torcida animada e calorosa. Os meninos do Brasil abriram as apresentações no cavalo com alças. Sasaki somou 14,766, enquanto Nory fez 13,400. Nas argolas, o País conquistou 14,433 com Sasaki e 14,133 com Nory. Já no salto, Sasaki foi o quarto melhor no aparelho hoje, com 15,200. Nory garantiu 14,766. Na sequência, nas paralelas, 14,966 foi a nota de Sasaki e 14,633 a de Nory. Na barra fixa, Nory obteve 15,266, a segunda maior do dia no aparelho. Sasaki fez 15,000. No solo, Sasaki fechou com 14,833, totalizando 89,198. Nory, com 15,133 no solo, encerrou com 87,331 no total. O campeão foi o favoritíssimo japonês Kohei Uchimura (92,365), que disputou ponto a ponto, aparelho após aparelho, com o ucraniano Oleg Verniaiev (92,266). 

Ter dado a volta por cima e ainda chegar a essa colocação entre os ginastas mais completos do mundo deixou Sasaki satisfeito. Ele superou a própria marca, já que a melhor colocação na categoria até então era o décimo em Londres 2012, feito também garantido por ele. "Nono é uma boa posição, porém, o mais importante, é que treinei bastante para chegar até aqui. No esporte de alto rendimento é tão difícil o atleta dar 100% em uma competição, mas hoje eu consegui. Fiz exatamente aquilo o que treinei. Isso é o que me deixa mais feliz, pois fiz bem o trabalho. Fiquei um ano e três meses afastado por conta de lesões. Por isso, a minha superação conta muito", destacou.


Sasaki tem consciência da importância do resultado para a ginástica artística brasileira e sente-se orgulhoso por isso. Para ele, tudo foi ainda mais especial por estar em casa. "Recebi essa colocação da melhor forma possível. Não é qualquer um que consegue chegar em nono em Jogos Olímpicos. Vou seguir treinando forte. Tenho muita vontade de vencer ainda mais. Meu sonho era estar aqui, me superar e foi isso o que fiz. Para mim, foi uma vitória enorme, ainda mais por ser no Brasil. A torcida foi calorosa demais e não tenho palavras para agradecer. Sem eles não teria sido da mesma forma", agradeceu. 
 Nory, que ainda participa da decisão do solo, no dia 14 de agosto, está grato por tudo o que tem vivido na Rio 2016. Para a próxima final, porém, vai para o 'tudo ou nada'. "Estou feliz por estar vivendo esse momento único. Ser finalista olímpico não é fácil. Muitos atletas lutaram para estar aqui e sou grato por toda essa experiência, pois faço aquilo que amo. O individual geral é uma competição muito difícil, que só acaba na última passada, no último aparelho. Temos que fazer o melhor em cada um. Estou satisfeito, pois passei bem, sem quedas", explicou. "Na decisão do solo, são oito ginastas que têm chances, então estamos estudando a possibilidade de dificultarmos a série. É uma final olímpica, então ou você vai para buscar uma medalha ou você vai para buscar uma medalha. Todos querem isso", completou. 

Nas outras decisões por aparelhos, de 14 a 16 de agosto, Arthur Zanetti (15,533), quinto na classificatória, busca o bicampeonato olímpico nas argolas. Francisco Barretto Júnior está classificado para a barra fixa (15,266), em quinto. Diego Hypolito (15,500), em quarto, e Nory (88,898) estão no solo. 

Seleção de Ginástica Artística Feminina: Nesta quinta-feira (11), Rebeca Andrade, com 58,732 pontos na classificatória, e Jade Barbosa, com 56,499, fazem a decisão do individual geral feminino. Flávia Saraiva, com 15,133, estará na da trave, no dia 15. 


Programação

Quinta-feira (11)
16h às 18h10: final individual geral GAF (Rebeca Andrade e Jade Barbosa)

Domingo (14)
14h às 14h45: final solo GAM (Diego Hypolito e Arthur Nory Mariano)
14h45 às 15h30: final salto GAF
15h30 às 16h15: final cavalo com alças GAM
16h15 às 17h: final barras assimétricas GAF

Segunda-feira (15)
14h às 14h45: final argolas GAM (Arthur Zanetti)
14h50 às 15h35: final salto GAM
15h40 às 16h25: final trave GAF (Flávia Saraiva)

Terça-feira (16)
14h às 14h45: final paralelas GAM
14h45 às 15h30: final solo GAF
15h30 às 16h15: final barra fixa GAM (Francisco Barretto Júnior)

Delegação brasileira de ginástica artística

Ginástica Artística Masculina
Ginastas: Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior e Sérgio Sasaki
Reservas: Caio Souza e Lucas Bitencourt
Técnicos: Cristiano Albino, Marcos Goto e Renato Araújo
Chefe de equipe: Leonardo Finco
Árbitro: Robson Caballero

Ginástica Artística Feminina
Ginastas: Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade
Reserva: Carolyne Pedro
Técnicos: Alexander Alexandrov, Alexandre Carvalho, Francisco Porath Neto, Iryna Ilyashenko e Keli Kitaura
Chefe de equipe: Georgette Vidor
Árbitra: Yumi Sawasato 

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