terça-feira, 27 de julho de 2021

 MATA MATA NA FINAL POR EQUIPES DA GINÁSTICA FEMININA



A final por equipes da ginástica feminina, também conhecida como “mata mata”, teve de tudo e mais um pouco. Me explico: a metonímia usada (acho que é isso), se deve ao fato de 3 ginastas competirem em cada prova e TODAS as notas serem computadas para o resultado da equipe, ou seja, não há o descarte da pior nota. Isso faz com que a responsabilidade de cada ginasta acertar a série seja redobrada.

Já era sabido que aconteceria um saudável duelo entre russas e americanas se nenhuma surpresa acontecesse, com grande vantagem para as americanas. Devido ao resultados da classificatória essas duas equipes competiram juntas no mesmo rodízio.
Biles abriu o salto irreconhecível. Sua fraca atuação no Yurtchenko com apenas 1 ½ pirueta, salto com grau de dificuldade extremamente inferior às possibilidades da ginasta, e ainda com uma fraca execução que ninguém entendeu, fez a comissão técnica dos Estados Unidos estrategicamente retirá-la da competição. Na minha humilde opinião essa tática foi usada para evitar que novas imagens devastadoras da super campeã pipocassem nas telas de Tvs, PCs, celulares ou estampassem manchetes de jornal mundo afora. Até aí bem lógico. Sabemos que o mundo da fama é cruel, um dia te exaltam e no outro te destroem.
Visivelmente abalada, Biles levou uma “chamada”, aquela sacudida que o técnico tem que dar para o ginasta quando percebe que ele está perdendo força. Isso somado às quedas das russas Urazova e da Melnikova na trave trouxe o clima competitivo de volta às americanas. Nas paralelas os Estados Unidos assumiram a liderança.
A decisão ficou para o solo, última prova da competição. A queda da americana Jordan Chiles reascendeu as esperanças da Rússia. A primorosa apresentação de Lustonova virou o jogo novamente e a russa Melnikova começou sua série já com o ouro no peito.
Ela fez aquela ginástica que nós sempre amamos ver da tradicional escola russa. E como quem diz “ essa medalha é minha e ninguém me tira”, consagrou a Russia como campeã olímpica. Só restou às americanas aplaudir.


E assim a hegemonia das meninas superpoderosas dos Estados Unidos foi quebrada. Foi até cogitada uma possível lesão de Biles, desmascarada pelos saltos entusiasmados que a ginasta dava após cada apresentação das companheiras. Muito vai se especular agora sobre esse acontecimento.
E o esporte continua nos ensinado, com lições de vida que nos trazem de volta ao mundo real, e coloca em evidência a vulnerabilidade do ser humano.
@andreajoao.gymania

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