quarta-feira, 6 de março de 2013

DESABAFO!

Foi com profunda tristeza que recebi pela imprensa a notícia da dispensa dos ginastas do Flamengo. Por algum  tempo me recusei a acreditar no assunto com a esperança de ter sido algum boato, alarme falso ou coisa do gênero. Após consulta a algumas fontes mais seguras posso dizer que fiquei trêmula e não senti o chão. Não sei se doía mais a ideia de saber que alguns souberam pela imprensa, sendo pegos de surpresa, e nem sequer foram chamados para ser informados da decisão, ou a sensação de impotência, como Presidente da Federação de Ginástica, diante de mais um desastre para o esporte do Rio de Janeiro.
A pergunta é, porque tratar dessa forma ídolos positivos que transmitem a imagem de bom comportamento, de disciplina, de respeito, garra, coragem e que defendem de forma brilhante o nome do nosso país, servindo de referência  para milhares de jovens? O Rio de Janeiro não pode perder os seus ídolos. Vocês conseguem imaginar um jogo de futebol com um time jogando contra ele mesmo? Não tem graça, é monótono não é?
É preciso manter a competitividade na ginástica, com vários clubes fortes nos campeonatos brasileiros, pois é a concorrência que faz o nível dos ginastas subir, aumenta o interesse dos patrocinadores, atrai a mídia e tudo fica mais alegre e vibrante. Não estamos falando de qualquer tipo de atletas. Diego é bi-campeão mundial com inúmeras medalhas em Copa do Mundo. Daniele foi a primeira brasileira a pisar no podium com 4 olimpíadas. Jade a terceira ginasta mais completa do mundo. Sasaki o décimo melhor ginasta do mundo.
Gente, vamos reverenciar nossos heróis! O Rio precisa de um Centro de Treinamento definitivo para ginástica, e precisa manter sua equipe competitiva para inspirar as próximas gerações. Tenho esperança de que essa situação vá se reverter, e de algum lugar há de vir uma solução, seja dos nossos governantes, das nossas autoridades ou dos nossos empresários. Caso contrário, seria um contrassenso estimular uma cultura olímpica por um lado e descartar atletas do outro.

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