quinta-feira, 30 de março de 2017

Marcos Goto assume a coordenação técnica das seleções brasileiras de ginástica artistica

CBG e COB definem novo programa; objetivo é integrar seleções masculina e feminina

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) divulgaram, durante a Assembleia Geral Ordinária realizada nesse fim de semana, em Aracaju (SE), o novo programa de preparação da ginástica artística para o ciclo olímpico 2017/2020. O grande objetivo será a padronização do trabalho nas modalidades masculina e feminina, e Marcos Goto passa a ser coordenador técnico, chefiando as duas frentes.


Além de Marcos, a ginástica artística seguirá sendo assistida por uma série de profissionais importantes na manutenção e na melhoria do desempenho dos atletas. Klayler Mourthe continuará como supervisor de seleções. Juliana Fajardo será a coordenadora de serviços para performance - responsável por preparação física, nutrição, bioquímica, biomecânica e preparação mental -, e Breno Schor o coordenador médico. Robson Caballero comandará o Comitê Técnico da ginástica artística masculina, e Yumi Sawasato o da feminina. Os treinadores serão Cristiano Albino, para os homens, e Irina Ilyashenko e Francisco Porath, para as mulheres. Leonardo Finco será o gerente das duas seleções. Conforme as equipes nacionais forem sendo formadas para a seletiva, em agosto, outros técnicos serão incorporados.



Antes um dos treinadores da seleção masculina e líder na conquista de três medalhas olímpicas - Arthur Zanetti, ouro nas argolas em Londres 2012 e prata no aparelho na Rio 2016, e Diego Hypolito, prata no solo na Rio 2016 -, Marcos Goto se credenciou para assumir a função de coordenador técnico, criada neste ciclo olímpico.



"A primeira filosofia a ser adotada é o trabalho conjunto entre as Seleções e os comitês técnicos. Não vão mais ficar separados. Além disso, queremos integrar o masculino e o feminino, com os profissionais trabalhando nas duas frentes. O feminino tem um trabalho muito bom e mais resultados, numericamente, pelos investimentos feitos em longo prazo. Não são muitas mudanças, mas queremos trazer um pouco da sistematização do masculino para o feminino. Queremos que todos deem sua opinião, integrando toda a ginástica", explicou Goto.



Jorge Bichara, gerente de alto rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), participou da Assembleia Geral Ordinária da CBG e ressaltou como será esse trabalho, na prática. "O Marcos atuará no formato de avaliação das atletas, modificando um pouco o que tínhamos. Podemos aplicar mais ciência aos treinos, respeitando a individualidade do feminino, para diminuir a incidência de lesões. É um momento de testar coisas novas para a modalidade seguir nessa curva ascendente que está."



Depois de atuar por anos como coordenador da equipe masculina, Leonardo Finco será, agora, gerente das duas seleções, dando apoio ao trabalho de Marcos Goto. Além de cuidar da organização logística, no planejamento de viagens, dará suporte técnico, aproximando comitês e comissões, e alinhará o relacionamento com a TV. 



"Outra estratégia adotada é que os árbitros internacionais credenciados pela CBG junto à Federação Internacional de Ginástica (FIG) terão participação mais efetiva na elaboração das séries dos atletas. A ginástica artística teve uma evolução muito grande no último ciclo, conquistas em nível mundial, com masculino e feminino apresentando novos valores e renovação de atletas. Mas ainda tem muito a ser feito. Temos que recriar projetos e ações para mantermos o patamar de excelência e a modalidade continuar no pódio olímpico", explicou Goto.



Dois dos principais investimentos para este ciclo olímpico, até os Jogos de Tóquio, em 2020, serão a integração entre as categorias de base e adulta e a realização de clínicas com treinadores estrangeiros. O Centro de Treinamento da Ginástica no Rio de Janeiro está sendo remontado e tem previsão para ficar pronto na segunda quinzena de abril. Como, neste ano, o Campeonato Mundial não tem competição por equipe, as seleções brasileiras treinarão em menor período, e o CT servirá como celeiro de novos talentos, com espaço aberto para clubes e federações proporcionarem atividades para seus ginastas.



"As clínicas com os treinadores estrangeiros serão bem importantes, principalmente neste primeiro ano do ciclo, porque precisamos continuar em evolução em alguns aparelhos, como nas assimétricas, que a ginástica feminina do Brasil sempre teve deficiência. A primeira clínica deve ter um especialista neste aparelho", revelou Bichara.



Luciene Resende, presidente da CBG, apresentou o relatório dos atos administrativos de 2016 e destacou que esse momento é de recomeço, com novas metas, sem deixar de lado tudo o que já foi conquistado. "Aos poucos, conforme a necessidade, vamos acrescentar mais profissionais ao organograma, fortalecendo o grupo, com todos pensando da mesma maneira para padronizar o sistema. O grande objetivo é dar continuidade ao trabalho desenvolvido durante os dois últimos ciclos olímpicos, melhorando ainda mais os resultados. No novo planejamento, é de grande importância a participação dos comitês e dos árbitros para que nossa ginástica evolua cada vez mais e chegue ao nível das grandes potências mundiais".



O primeiro evento internacional com participação brasileira em 2017 será o Trofeo Cittá di Jesolo, para a ginástica artística feminina. A competição, realizada anualmente na Itália, será no próximo fim de semana, dias 1 e 2 de abril. 

Fonte: Photoegrafia

quarta-feira, 29 de março de 2017

A AUSTRÁLIA FOI SEDE DO CURSO INTERNACIONAL DE ARBITRAGEM
EM GINÁSTICA DE TRAMPOLIM


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 Dando continuidade à formação de árbitros da Federação Internacional de Ginástica, a Austrália realizou o curso Internacional de Ginástica de Trampolim. Com duração de 4 dias (25 a 29 de março), o evento aconteceu no Australia Institute of Sport na cidade de Canberra.

Eu atuei novamente na supervisão do curso, e os experts Stephan Duchesne (Canadá) e Dimitri Poliaroush (Russo que vive nos Estados Unidos), ministraram as aulas. Stephan também vai ministrar o curso que acontecerá em Junho no Brasil (Aracaju). Helen Colagiuri representou a Federação da Austrália e atuou também no comitê organizador local.
                                                                 Stephan, EU, Dimitri e Helen


Tivemos a participação de 5 países (Singapura, Austrália, Nova Zelândia, Grã Bretanha e Espanha) e 24 participantes no Trampolim, 21 no Duplo Mini Trampolim e 16 no Tumbling. O maior número de participantes no curso de Trampolim justifica-se por esta ser uma prova olímpica.

Este curso se diferenciou dos demais por ter as provas já nos primeiros dias, e conforme os conteúdos iam sendo transmitidos os alunos eram submetidos às avaliações teóricas e práticas.

Mesmo assim a atmosfera de intercâmbio e estudos foi ótima, os participantes estavam alegres e tentando absorver o máximo de conhecimentos possível para obter a aprovação e receber o Brevet de árbitro da FIG.
Após o curso, houve um jantar de confraternização.

Fiquei emocionada com o carinho e o reconhecimento dos participantes. Recebi um presente e um cartão lindo, com mensagens de agradecimento da Helen e dos alunos.


Helen, obrigada por tudo. Stephan e Dimitrius foi uma grande honra atuar com vocês!
Até a próxima galera do trampolim. Espero vê-los em breve.

quinta-feira, 23 de março de 2017

AUCKLAND - NOVA ZELÂNDIA
Curso Internacional de Arbitragem de Ginástica Rítmica

Foi com alegria e muita descontração que terminamos o Curso Internacional para Árbitros de Ginástica Rítmica,  realizado de 15 a 22 de março, no hotel Sudima em Auckland, Nova Zelândia.


O evento contou com a presença de cinco países (Austrália, Lituânia, Hong Kong, Nova Zelândia e Canadá) e trinta participantes.

As aulas foram ministradas pelas experts, Shihoko Sekita do Japão e Isabell Sawade da Alemanha, que são membros do Comitê Técnico de Ginástica Rítmica da FIG.


O Comitê Organizador Local fez um trabalho maravilhoso e a organização do curso foi extremamente elogiada por todos. Christine Reed e Tas Evans formaram a força tarefa que não deixou nada a desejar.


Eu fui a líder adminstrativa e fiquei encarregada da supervisão geral do curso, palestra de abertura e explicações sobre os exames, coordenação das provas e resultados.




Para minha surpresa encontrei um grande amigo de longas datas, Flaminio Oliveira. Ele é de Natal-RGN, e foi o descobridor da ginasta Ana Cláudia que integrou a Seleção Brasileira. Agora ele vive a 12 anos em Auckland onde treina uma equipe feminina de Ginástica Artística e foi até o hotel me visitar.


Como sempre muito trabalho, muito estudo, e mas uma experiência gratificante. Auckland é a terra das grandes aventuras e confesso que se eu retornar um dia, vou fazer bungy jump da ponte de Auckland e andar no topo da Sky Tower.







segunda-feira, 13 de março de 2017

A LENDA OKSANA CHUSOVITINA 
 Aos 41 anos ela sonha com Tóquio 2020

      Em Fevereiro estive no Uzbequistão para supervisionar o Curso Internacional de Arbitragem em Ginástica Rítmica. Durante minha passagem por Tashkent, capital do país, tive a honra que receber a visita da ilustre ginasta Oksana Chusovitina.  Ela foi ao curso para saudar as participantes, que se encantaram com sua aparição.


      Batemos um papo rápido, mas foi o suficiente para que ela deixasse escapar que estará treinando para disputar sua oitava olimpíada, que será em Tóquio 2020 (assista o vídeo na minha fã page onde a ginasta revelou esse segredo (www.facebook.com/andreajoao.gymania). Ela também não escondeu o sonho de conquistar uma medalha de ouro, e seria na prova de salto, acredito eu.

       A mais famosa ginasta do Uzbequistão já disputou os Jogos Olímpicos por três bandeiras diferentes (União das Repúblicas Socialistas Soviética, Uzbequistão e Alemanha), e ficou conhecida no Brasil como a ginasta que competia para arrecadar fundos e ajudar no tratamento do  filho que sofria de uma grave doença. 

     Conquistou a medalha de prata na prova de salto em Pequim, e é a única ginasta a participar de 7 edições dos Jogos Olímpicos, sendo a última no Rio de Janeiro em 2016.

     Quando competia pela extinta União Soviética em 1992, conquistou o ouro por equipes nos Jogos de Barcelona. A partir daí passou a representar o Uzbequistão, depois naturalizou-se alemã e agora vive numa "ponte aérea" Usbequistão-Alemanha.

     Simples, simpática, alegre e com um jeito meio moleca, e uma legião de fãs pelo mundo inteiro (inclusive euzinha kkk), Chusovitina é a ginasta mais longeva da história e uma das poucas mulheres a competir em alto nível após tornar-se mãe.

Boa Sorte Oksana, que venha Tóquio 2020 porque torcida não vai faltar. 

quarta-feira, 8 de março de 2017

CURSO INTERNACIONAL DE ARBITRAGEM DE
GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA EM PORTUGAL

Depois de uma semana neurótica de estudos acabou hoje (07/03) o curso internacional de arbitragem em ginástica artística feminina, com participação de 10 países e 54 candidatas(os), na cidade de Costa Caparica em Portugal.

O curso foi ministrado pelas experts do Comitê Técnico Feminino da Federação Internacional de ginástica, Naomi (México), Donatela (Itália) e Quiriu (China).



O Brasil esteve representado por um grupo de craques, ou melhor "nerds".

Lisiane, Andrize, Valéria, Monica, EU, Gabriela, Bianca (na foto), além de Gisele, Suzana e Maisa.

Marta Bobo da Espanha foi a lider administrativa do curso, e fez um belo trabalho para que tudo corresse bem com os participantes.


Foram dias de sacrifício, estresse, noites mal dormidas, tudo para aprender o máximo, e poder avaliar as ginastas.

Bem nossa parte foi feita. Agora desejamos muito sucesso para o grupo de arbitragem que irá fazer o curso no México.