CURIOSIDADES DO IRÃ (parte 1)
Como disse no meu post anterior, não sabia bem o que ia encontrar nesse país tão distante, então durante minha estada em Teerã, fui surpreendida com algumas curiosidades que merecem ser compartilhadas.
É claro que vamos começar pelo véu, e sim, é obrigatório utilizá-lo assim que descer do avião. Eu ainda tentei deixar meus cabelos à mostra, mas logo veio um segurança e me solicitou que colocasse o véu.
Estava muito calor, mas as mulheres devem usar roupas que cubram todo o corpo, deixando apenas rosto e mão à mostra, isto é, sem decotes, mangas e calças compridas e largas, para não mostrar a forma do corpo. Juro que tive dificuldades para fazer a mala, uma vez que em meu armário só tem mini saias, vestidos justos e blusas decotadas. Mas... depois agente vai se acostumando.
Meu hotel ficava próximo ao centro de Teerã.
Essa é a vista lá do 14º andar, onde ficava o meu quarto.
O hotel ficava a uns 10 minutos do ginásio, mas levávamos 40 minutos para chegar, devido ao trânsito. E por falar em trânsito, é tudo muito louco. As pessoas não andam em filas e viram para qualquer lado a hora que querem. Impressionante, porque não tem uma lógica, mas os carros não batem. Isso é, as vezes batem sim. Mojde era a senhora que trabalhava para Federação do Irã e também foi nossa motorista. Falando sério, ela é a melhor motorista que já vi na vida.
Teerã é uma cidade que apesar do trânsito caótico é calma e segura. Tem noitada, mas bebida alcóolica é proibida por lá, então a galera se contenta mesmo com os sucos e refrigerantes. Dançar em público também não é bem visto. Mas para compensar a comida é maravilhosa. E como tem variedade. O prato mais típico de lá é o Kebab, uma espécie de churrasco que pode ser de carne de cordeiro, frango ou peixe. E os temperos super saborosos.
Como nosso curso de ginástica foi muito intenso, e aconteceu pela manhã e a tarde, nós só tivemos um dia para sair e conhecer um pouco da cidade.
Mojde nos levou primeiramente à Mesquita Imamzadeh Saleh. Para entrar na mesquita é obrigatório usar o "xador", que é como se fosse um manto que cobre o corpo todo exceto o rosto. A mesquita é realmente muito bonita por dentro e por fora. Ao entrarmos senti que estava em um lugar muito especial, numa atmosfera tranquila para reflexão e oração.
Mesquita Imamzadeh Saleh
Eu e Lili Ortiz (expert do México) usando o xador. Uma pose na entrada da mesquita
É quase impossível sair de lá sem comprar um pouco do famoso "açafrão", considerado o tempero mais caro do mundo.
Para fechar o dia passamos no caminho pelo palácio onde morava o antigo rei da Pérsia, antes da revolução. O lugar é estonteante.
Como meu vôo de volta saiu à noite deu pra dar uma escapada e visitar Darband, cuja tradução é "Porta da Montanha". É uma subida de uns 200 mt por uma montanha, que pode ser a pé ou de teleférico, e no caminho se encontram vários restaurantes, que mostro no próximo post.
Aguardem!
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