Andrea João

QUALQUER SEMELHANÇA NÃO É MERA COINCIDÊNCIA

Competindo lado a lado com o japonês Kohei Uchimura no mundial de ginástica da China, o brasileiro Sergio Sasaki mostrou que tem mais uma semelhança com o fenômeno além dos olhos puxados. Sergio apresentou uma ginástica de qualidade e finalizou a competição em sétimo lugar, deixando para trás grandes veteranos como o alemão Fabian Hanbuchen e o russo Nikolai Kuksenkov.
Para quem não conhece, o japonês Kohei Uchimura é considerado o maior fenômeno da ginástica de todos os tempos. Ele foi ouro no individual geral nos últimos 5 anos em Campeonatos Mundiais e de quebra foi ouro nos Jogos Olímpicos de Londres.
Além de Sasaki o Brasil contou com a participação de Arthur Nory. O jovem ginasta passou por problemas difíceis com lesões durante o ano, mas já desponta como uma grande esperança do Brasil nas finais em 2016. Ele terminou na 21º posição pois cometeu alguns erros nas suas séries.
Competir ao lado de Uchimura dá aos ginastas brasileiros a condição de estar entre a nata da ginástica mundial, e a certeza de que o Brasil está bem servido de ginastas para disputar os Jogos de 2016.
Parabéns aos técnicos Renato Araujo e Cristiano Albino pelo belo trabalho apresentado, e também à toda comissão técnica, Confederação Brasileira de Ginástica e Comitê Olímpico Brasileiro.
Andrea João
Fotos: Ricardo Bufolin

Brasil se mantém entre os melhores no Individual Geral da Ginástica Artística Masculina em Nanning Sérgio Sasaki foi o sétimo colocado nas finais do Mundial da China, com excelente performance, e Arthur Nory ficou em 21º lugar   Santo André (SP) - O Brasil se manteve entre os melhores no Individual Geral da Ginástica Artística Masculina. Nesta quinta-feira (9), Sérgio Sasaki e Arthur Nory Mariano representaram o País nas finais da categoria e, mais uma vez, fizeram bonito. Depois de uma competição muito forte e equilibrada, que pelo quinto ano consecutivo teve a vitória do japonês Kohei Uchimura, com 91,965 pontos, Sasaki foi o sétimo colocado, com 89,565, figurando entre os principais nomes da modalidade. Nory, que este ano sofreu uma fratura no dedo e passou boa parte do tempo em recuperação, foi o 21º, com 84,174. A medalha de prata foi para o britânico Max Whitlock, com 90,473 pontos. O Japão ainda colocou mais um representante no pódio. Yusuke Tanaka somou 90,499 e garantiu o bronze. Sasaki fez séries com um alto grau de dificuldade e praticamente sem falhas. Ele cometeu somente um pequeno deslize em uma das aterrissagens no solo. Segundo ele, o resultado geral foi definido nos detalhes. "A competição no Individual Geral é feita de detalhes. Penso que foi uma superação que tive hoje. Amo este esporte e vou continuar defendendo minha bandeira. Fiquei abaixo em alguns aparelhos, mas compensei em outros. Eu queria a medalha, mas estou muito feliz porque faltou pouco", disse o atleta que tem se mantido constantemente entre os ginastas mais completos do Mundo. No ano passado, na Antuérpia, ficou com a quinta posição e, nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, foi o décimo colocado. Sasaki iniciou a competição nas argolas e alcançou 14,800 pontos. Depois, partiu para o salto, um de seus melhores aparelhos e somou 15,200 pontos. Nas paralelas, Sasaki obteve 14,900, na barra fixa 15,066, no solo, 14,966, e no cavalo 14,633. O salto foi o primeiro aparelho de Arthur Nory. O ginasta foi muito bem e obteve 15,000 pontos. Depois, passou para as paralelas e fez 14,100, na barra fixa sofreu uma queda e teve 12,566. No entanto, no solo fez uma ótima apresentação e garantiu 15,208, no cavalo fez 13,300, e nas argolas 14,000. Mesmo não tendo alcançado o 17º lugar do ano passado, quando participou pela primeira vez de uma Mundial, Nory se sentiu satisfeito, já que teve um ano complicado com a fratura no dedo. "Estar aqui nas finais foi muito bom. Até pouco tempo eu estava batalhando para estar na equipe. Depois que fraturei o dedo fiquei um pouco parado e tive que correr atrás do tempo perdido. Para competir o Mundial e estar entre os primeiros tem que treinar bastante. Minha meta para 2015 é colocar a cabeça no lugar e estar sem lesão. Foi um campeonato muito disputado, em que qualquer décimo era importante. Foi definido no último aparelho", analisou o jovem ginasta de apenas 21 anos. O Brasil ainda tem grandes chances de subir ao pódio na competição por aparelhos. No sábado (11), Diego Hypolito fará as finais do solo e Arthur Zanetti busca o bicampeonato nas argolas. No domingo (12), Sasaki volta a buscar um lugar no pódio, desta vez no salto. Na última terça-feira (7), o País conquistou mais uma marca histórica ao alcançar o sexto lugar por equipes no Mundial. O melhor resultado anterior havia sido a 13ª colocação. Além disso, a Ginástica Artística Brasileira está garantida no Mundial de 2015, que é classificatório para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Programação Horário de Brasília Sexta-feira (10) 8h às 10h20 - Individual Geral Feminino Sábado (11) Finais por aparelho 2h às 2h30 - Solo Masculino (Diego Hypolito) 2h30 às 3h - Salto Feminino 3h às 3h20 - Premiação 3h20 às 3h50 - Cavalo com alças Masculino 3h50 às 4h20 - Assimétricas Feminino 4h20 ás 4h50 - Argolas masculino (Arthur Zanetti) 4h50 ás 5h20 - Premiação Domingo (12) Finais por aparelho 2h às 2h30 - Salto Masculino (Sérgio Sasaki) 2h30 às 3h - Trave Feminino 3h às 3h20 - Premiação 3h20 às 3h50 - Barras Paralelas Masculino 3h50 às 4h20 - Solo Feminino 4h20 às 4h50 - Barra fixa Masculino 4h50 às 5h20 - Premiação 5h20 - Cerimônia de encerramento A Confederação Brasileira de Ginástica é patrocinada pela Caixa Econômica Federal.

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